Viés produtivista do agro não pode se sobrepor à preservação da água, aponta Afonso Peche

Para o especialista, é preciso quebrar a visão da indiferença para a água e estabelecer uma relação equitativa.

A pujança da agricultura brasileira, com foco no aumento da produtividade, precisa estar em relação de equidade com a importância da preservação da qualidade, uso consciente e armazenamento da água, conforme explica o professor Afonso peche, pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e especialista em água e solo.

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“Não justifica ter um boom produtivo e, ao mesmo tempo, ter problemas relacionados aoas recursos hídricos. Essa indiferença com a água, esse tratamento de como se fosse um recurso extrativista, precisa ser rompido”, disse.

Segundo o especialista, a questão da água perpassa também pelo bom manejo de solo, com plantas com sistema radicular adequado, rotação de cultura, para que a água se infiltre da maneira correta – nem a mais, nem a menos – e consiga se manter armazenada no solo.

Peche explica que a agricultura precisa adequar todos os espaços, preparando o ecossistema para as intempéries do clima, sendo possível passar por momentos de estiagem com água armazenada no solo ou de tempestades sem haver erosão, por exemplo.

“É preciso tratar, além do consumo, que precisa ser racional, da questão de produção de água, armazenamento (superfície e subsolo), e por fim, a qualidade da água. Todo ser vivo precisa de água limpa”, disse.

Fonte: Notícias Agrícolas

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