“A transição, prevista para ocorrer até 2033, demanda um olhar atento das empresas para garantir o cumprimento das obrigações fiscais e mitigar impactos financeiros”, ressalta a coordenadora fiscal da Agrex do Brasil e Synagro, Kesia Oliveira. Para ela, outro ponto que deve ser observado é a convalidação de contribuições estaduais, como o Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra) e o Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), que incidem sobre a comercialização da produção rural. “A manutenção desses fundos pode impactar diretamente a competitividade do setor, tornando essencial que produtores e empresas avaliem estrategicamente seus efeitos sobre os custos operacionais”, explica.
Apesar dos desafios, a reforma também trará efeitos positivos, como a simplificação do sistema tributário e a manutenção da desoneração das exportações. “Se bem implementada, a reforma pode reduzir a burocracia e melhorar a competitividade do agronegócio no mercado internacional”, destaca Kesia. No entanto, com 2025 marcando o início dessa mudança, empresas e produtores rurais devem se preparar para as novidades, investindo em capacitação, planejamento tributário e novas estratégias de gestão. “O sucesso dessa transformação dependerá do equilíbrio entre simplificação e manutenção de condições favoráveis ao setor. Estar bem informado e contar com o suporte adequado será essencial para enfrentar esse novo momento”, conclui a coordenadora fiscal.
Fonte: NoticiasAgricolas