Desafios climáticos e de mercado para o agro em 2024

Pequenos empreendedores do setor agrícola enfrentarão desafios climáticos significativos devido à alternância entre os fenômenos El Niño e La Niña. Saiba mais sobre o agro em 2024!

O cenário para os pequenos empreendedores do agronegócio brasileiro em 2024 é complexo e desafiador. Com a previsão de um clima adverso e a lenta recuperação do mercado de insumos, os produtores rurais devem se preparar para um período de incertezas e adaptações, que exigirá resiliência e inovação.

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Clima em 2024: entre El Niño e La Niña

O ano de 2024 será marcado pela transição de fenômenos climáticos extremos. Após um período influenciado pelo El Niño, que tende a perder força no verão, espera-se a chegada de um novo La Niña, trazendo precipitações menores, especialmente no Sul do Brasil. Esse fenômeno, conhecido por causar secas na região, já impactou significativamente as chuvas nos últimos três anos, alterando os padrões de plantio e colheita.

Causas e histórico do fenômeno

La Niña e El Niño são partes do ciclo natural de oscilação de temperaturas conhecido como El Niño-Southern Oscillation (ENSO). Esses fenômenos, historicamente, alteram de maneira significativa os padrões climáticos globais. A alternância entre eles tem sido mais frequente e intensa, possivelmente devido às mudanças climáticas, o que aumenta a incerteza e a necessidade de adaptação por parte dos agricultores.

Impactos na agricultura e na venda de alimentos

Os impactos desses fenômenos climáticos são profundos e variados. A irregularidade das chuvas pode afetar culturas como soja e milho, essenciais para a economia agrícola do país. Isso pode levar a uma redução na oferta de alimentos e um potencial aumento nos preços, afetando tanto os produtores quanto os consumidores. Além disso, a qualidade e a quantidade da produção podem ser comprometidas, exigindo dos agricultores uma gestão mais eficiente de suas lavouras.

O setor agrícola já sofreu perdas consideráveis devido a eventos climáticos extremos. Em 2023, as perdas chegaram a R$ 33,7 bilhões, afetando tanto a agricultura quanto a pecuária. A instabilidade climática tem sido um fator crítico, com a ocorrência alternada de El Niño e La Niña desde 2014, causando prejuízos acumulados de R$ 287 bilhões à agropecuária brasileira. Esses números refletem a vulnerabilidade do setor às mudanças climáticas e a necessidade de estratégias de mitigação e adaptação.

Perspectivas de melhora para o futuro

A expectativa é de que a situação comece a se normalizar a partir de 2025, com a estabilização do mercado de insumos agrícolas e a possível regularização dos fenômenos climáticos. No entanto, os produtores devem se manter vigilantes e adaptáveis às condições variáveis, pois o clima continua sendo um fator imprevisível e de grande impacto na agricultura.

Linha do tempo:

  • Início de 2024 (Verão): perda de força do El Niño. Espera-se um impacto menor nas chuvas, mas ainda com alguma instabilidade climática. Os produtores devem estar atentos à gestão de recursos hídricos e ao planejamento de culturas resistentes.

  • Meio de 2024 (Outono): transição para La Niña. Previsão de precipitações menores no Sul do Brasil, afetando culturas sensíveis à seca. É crucial a implementação de sistemas de irrigação eficientes e a escolha de culturas adaptadas a condições de menor umidade.

  • Final de 2024 (Inverno): continuação do La Niña. Impacto significativo nas culturas de inverno, com riscos de perdas de produção. Os agricultores devem considerar seguros agrícolas e estratégias de diversificação de culturas.

  • Início de 2025: espera-se uma normalização gradual do clima e do mercado de insumos. Os produtores devem continuar monitorando as condições climáticas e ajustar suas estratégias de acordo com as tendências do mercado.

Dicas para os Pequenos Empreendedores agirem durante esse período

  • Adaptação às mudanças climáticas: investir em tecnologias e práticas agrícolas que sejam resilientes às variações climáticas, como sistemas de irrigação eficientes e culturas tolerantes à seca.

  • Gestão eficiente de recursos: utilizar recursos como água e insumos de forma eficiente, considerando as incertezas do mercado e a necessidade de reduzir custos.

  • Diversificação de culturas: considerar a diversificação de culturas para reduzir os riscos associados a uma única commodity e explorar novas oportunidades de mercado.

  • Monitoramento climático: acompanhar as previsões climáticas e planejar as atividades agrícolas com base nessas informações, ajustando as estratégias de plantio e colheita conforme necessário.

  • Investimento em seguro agrícola: proteger-se contra perdas inesperadas devido a eventos climáticos extremos, garantindo uma rede de segurança financeira.

  • Capacitação e informação: manter-se informado sobre as tendências do mercado e buscar capacitação para lidar com os desafios do setor, participando de eventos, cursos e redes de agricultores.

Os pequenos empreendedores do agro enfrentarão um período desafiador em 2024, mas, com planejamento, adaptação e inovação, podem superar esses obstáculos e continuar contribuindo significativamente para a economia agrícola do país.

FONTE: SEBRAE

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