Cooperativismo como base para o desenvolvimento da agropecuária

O movimento é capaz de potencializar os resultados do setor por meio de seus diversos meios de atuação.

 

O agro brasileiro é essencialmente cooperativista. Os números confirmam essa premissa, uma vez que 54% dos grãos produzidos no país passam, de alguma forma, por uma cooperativa. Também é por meio do movimento que a maioria dos produtores rurais tem acesso a assistência técnica e extensão rural, já que 63,8% deles são atendidos quando estão associados a uma cooperativa, enquanto no contexto nacional apenas 20,2% recebem o mesmo atendimento.

Além disso, cooperados e cooperativas são responsáveis por 75% da produção de trigo, 55% de café, 53% de milho, 52% da soja, 50% dos suínos, 48% do algodão, 46% do leite e 43% do feijão no país.

Nesse sentido, o movimento cooperativista é caminho para a expansão e fortalecimento do segmento, promovendo prosperidade, espalhando riquezas e incentivando o trabalho coletivo e empreendedor. Os dados do Anuário do Cooperativismo 2023, divulgados no último dia 7 de agosto, demonstram a força desses negócios coletivos inseridos no setor e sua capacidade de crescimento.

A movimentação financeira das cooperativas agropecuárias em 2022 foi 20% superior à do ano anterior, atingindo R$ 429,9 bilhões no período. Já as sobras, chegaram a R$ 22,5 bilhões, enquanto o capital social subiu de R$ 13,9 bilhões, em 2021, para R$ 22 bilhões em 2022, uma alta de quase 59%. Somamos no período 1.185 cooperativas agro, com mais de um milhão de cooperados e 249.584 empregados.

Além disso, os dados demonstram a capacidade que o movimento como um todo tem de potencializar os resultados do setor por meio de seus diversos meios de atuação, a exemplo do cooperativismo financeiro, em que 49% das cooperativas agropecuárias fizeram negócios em 2022.

As cooperativas de crédito possuem atuação significativa na liberação e viabilização de recursos e investimentos no campo. Para se ter uma ideia, o volume de operações de crédito realizadas por elas em todo o país, representou em 2022, mais de R$ 361 bilhões.

Os ramos Infraestrutura e Transporte também possuem raízes profundas no agro. As cooperativas de eletrificação rural foram as primeiras a atuarem na área, levando energia para o homem do campo e sendo fundamentais para garantir o desenvolvimento de diversas regiões, até os dias atuais.

As de transporte, por sua vez, também atuam com o segmento, sendo responsáveis por carregar os insumos e a safra brasileira aos mais diversos pontos do país. No exercício de 2022, 50% de todas as cooperativas do ramo atuaram no transporte de cargas. Além disso, a movimentação financeira do segmento totalizou R$ 9,6 bilhões, número 59% superior ao de 2021.

Economia

É fácil perceber, portanto, a importância do cooperativismo para o agro brasileiro. Por isso, é relevante destacar também alguns dos resultados do estudo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a pedido do Sistema OCB, para investigar e avaliar os impactos, e identificar os benefícios do movimento para o país.

Os ganhos econômicos medidos evidenciaram um incremento do Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 5,1 mil por habitante nas regiões que contam com a presença de cooperativas, assim como a criação de mais 28,4 empregos formais a cada 10 mil habitantes. Além disso, o estudo mostrou que para cada R$ 1 gasto com o cooperativismo, RS 1,65 retornam em termos de produção para a economia.

Os dados levantados pela Fipe demonstram a expressiva representatividade do movimento e o resultado de um modelo de negócios que busca no coletivo, na união de todos, sua força e expansão. Assim, quanto mais o cooperativismo prospera, mais os outros segmentos se desenvolvem também, formando um ciclo virtuoso no qual a população é a principal beneficiada.

Fonte: Globo Rural

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