Holambra, no interior paulista, e Frísia, no interior paranaense, investem em estruturas com a promessa de um atendimento mais eficiente ao associado.
Cooperativas agropecuárias de São Paulo e do Paraná estão investindo em ampliação de estruturas operacionais. O objetivo é tornar ainda mais eficiente o recebimento e armazenagem de produtos, além de proporcionar mais opções de atendimento aos associados na entrega da produção e no apoio à atividade.
A Cooperativa Agroindustrial Holambra inicia ainda neste mês as operações de uma nova unidade de recebimento e beneficiamento de soja, milho, sorgo e cereais de inverno, no município de Itaberá, no interior paulista. O novo local tem capacidade estática de 36 mil toneladas e secagem de 120 toneladas por hora.
Fundada em 1960, a Holambra tem atuação concentrada na região Sudoeste de São Paulo. Possui 165 associados, que, juntos, cultivam 70 mil hectares. A instituição tem oito unidades e, nos últimos três anos, investiu R$ 200 milhões nas estruturas.
Só em 2023, os investimentos na região de Itaberá somaram R$ 50 milhões, explica o CEO da Holambra, Matheus Carvalho. No município, além de recebimento, beneficiamento e armazenagem de grãos, a cooperativa tem uma loja de insumos.
“O investimento na estrutura atual tem o objetivo de estar mais próximo de nossos clientes parceiros da região de Itaberá, integrando serviços de comercialização de insumos com uma estrutura completa de recepção, beneficiamento e armazenagem de grãos”, diz Carvalho.
Ainda no primeiro semestre de 2023, a Frísia, com sede em Carambeí (PR), iniciou a primeira de três fases de um projeto de modernização de estruturas de recebimento e armazenagem. As melhorias devem estar em plena operação em 2025, quando a cooperativa completa 100 anos de existência.
A unidade em reforma e ampliação fica localizada em Carambeí e tem capacidade para 72 mil toneladas de grãos. Iniciada em abril, a primeira fase das obras deve terminar ainda neste ano. Entre as obras previstas, estão a troca de equipamentos e reforma de construções.
A segunda fase está em fase de aprovação e deve começar em 2024, quando serão instalados silos pulmão, com o objetivo de melhorar o fluxo de recepção. Estão previstas também a troca de equipamentos de transporte e a conversão das fornalhas de lenha para cavaco.
Já a terceira etapa ainda está em estudo. Prevê melhoria da estrutura voltada para insumos agrícolas. “Como necessitamos manter a unidade funcionando, não é possível executar tudo de uma vez, por isso a necessidade de encaixar nas entressafras”, explica, em nota, o coordenador de engenharia e obras da Frísia, Primo Vaz da Costa Neto.
Além do Paraná, a Frísia tem operações no Estado de Tocantins, reunindo 1,046 mil cooperados. Em 2022, a produção em suas áreas de influência somou 313 milhões de litros de leite, 1,1 milhão de toneladas de grãos, 75,7 mil toneladas de madeira e mais de 30 mil toneladas de carne suína.
Fonte: Globo Rural