Capacidade de comprar fertilizante caiu por conta da queda no preço das commodities.
O adubo ficou mais caro para ao produtor rural em agosto, na comparação com julho deste ano. É o que aponta o Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF), calculado pela multinacional Mosaic. O indicador passou de 0,87 para 0,99 ponto de um mês para outro.
Quanto maior o número, menor capacidade do agricultor comprar o insumo. Apesar da elevação no mês, o cenário ainda é mais favorável que em agosto do ano passado, quando o IPCF estava em 1,5 ponto.
“O indicador apresentou alta em relação ao mês de julho por conta da queda média de 2,5% no preço das principais commodities, junto ao aumento de mais de 10% no preço dos fertilizantes”, informa a Mosaic, em nota.
O índice é calculado com base nas culturas de soja, milho, algodão e cana-de-açúcar. Pondera valores de referência dos produtos e dos principais nutrientes usados nas lavouras pelos níveis de consumo no país e a taxa de câmbio.
De acordo com a Mosaic, o recuo de preço mais significativo em agosto foi do milho, de 3,5%. Na avaliação da empresa, a colheita da segunda safra no Brasil pressionou as cotações no mês passado. A soja também apresentou queda, segundo o IPCF.
Entre os fertilizantes, o aumento mais forte foi verificado nos fosfatados, quando se compara agosto e julho de 2023. Segundo a multinacional, o mercado brasileiro demonstrou demanda firme pelo insumo em um cenário de oferta limitada.
“O conflito geopolítico envolvendo Rússia e Ucrânia continua no radar do setor, com a expectativa de boas safras nos dois países e a perspectiva de como os produtos agrícolas serão exportados. Neste início de setembro, tivemos um terremoto no Marrocos, país que possui a maior reserva de rocha fosfática do mundo e fundamental para o fornecimento de fosfatados ao Brasil”, ressalta a Mosaic, em nota.
Fonte: Globo Rural