5 Bons Hábitos Que Todo Gestor Fiscal Deve Ter
1) Manter-se Atualizado
Ser gestor tributário no Brasil não é tarefa das mais fáceis, uma das atribuições mais árduas dessa posição é manter-se atualizado em meio ao emaranhado de publicações diárias que refletem na forma de tributação, apuração e na entrega das inúmeras declarações de nosso complexo sistema tributário.
Para ter uma ideia do grau de complexidade, segundo estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação- IBPT, o Brasil possui uma das legislações mais complexas e de difícil interpretação do mundo, já editou e publicou desde 1988, quando foi promulgada a Constituição Federal mais de 5,9 milhões de normas legislativas, o que representa cerca de 774 normas por dia útil, entre leis, medidas provisórias, instruções normativas, emendas constitucionais, decretos, portarias, instruções normativas, atos declaratórios, entre outras. No que diz respeito à matéria tributária, foram editadas 363.779 normas, o que representa mais de 1,88 normas tributárias por hora em um dia útil, portanto, esse pode ser considerado um dos principais responsáveis por dificultar a vida dos gestores, exigindo o auxílio de tecnologia e contratação de especialistas a fim de compreender e aplicar todas as regras tributárias em conformidade.
2) Buscar sempre a Conformidade
Comum a todos os excelentes gestores tributários é a busca incessante pela conformidade fiscal, contábil e tributária. Com a evolução tecnológica do Fisco, todas as decisões sobre benefícios fiscais, regras inerentes a apuração dos tributos, operações com cenário e logísticas complexas devem ser sempre avaliadas sempre sob a ótica preventiva do risco. Isso fica cristalino ao avaliarmos o Plano Anual de Fiscalização publicado pela Receita Federal do Brasil, que apresenta a expectativa de formalização de crédito tributário decorrente de fiscalização e de revisão de Declarações e Escriturações fiscais da ordem de R$ 191,30 bilhões, via lançamento de ofício. Dessa forma, possuir processos, softwares e controles que antecipem os riscos e permitam o trabalho de forma preventiva é a chave para a garantia da conformidade tributária.
3) Uso de Tecnologias para tomada de decisões (Analytics)
O volume de transações corporativas vem crescendo de forma acelerada nos últimos anos, assim, cada vez mais os desafios exigem uma boa dose de estratégia, capacidade analítica e assertividade. No dia-a-dia da gestão tributária não é diferente, gerenciar as informações relacionadas a custos, créditos fiscais, pagamentos de tributos, entregas de declarações e riscos com inteligência analítica é garantir de forma sistêmica e assertiva uma tomada de decisão com maior nível de segurança.
4) Gestão de Tarefas e Indicadores (KPI)
Para toda boa gestão é indispensável a utilização de ferramentas de controle, gerenciamento de tarefas e a criação de indicadores para auferir desempenho. É possível estruturar processos mais simples, como a singela organização das tarefas do departamento e a criação de steps (to-do, doing e done) que permitam a identificação de forma rápida e eficaz onde cada colaborador está alocado, até metodologias estruturadas para determinar o tempo médio de cada tarefa, comparativo entre colaboradores, horas úteis disponíveis para cada recurso e gráficos de desempenho. Aqui, vale citar Robert Kaplan e David Norton: “O que não é medido não é gerenciado”.
5) Reportes e Feedbacks
A última dica é: tenha uma comunicação clara e objetiva das informações. Seja para o board da empresa através de um reporte ou para os gerenciados através de feedbacks, identificar os meios certos para a comunicação são imprescindíveis para uma boa gestão. Crie checkpoints com a equipe, faça reuniões individuais para análise de desempenho pautado em indicadores e estipule metas utilizando a metodologia S.M.A.R.T:
Específico (Specific), Mensurável (Masurable), Alcançável (Attainable), Relevante (Relevant) e Temporal (Time Based).
Fonte: Asis