Cerca de 64% dos municípios do Centro-Oeste, principal celeiro do agronegócio brasileiro, tiveram aumento de população.
O Brasil tem uma população de 203 milhões de pessoas, segundo o último Censo populacional realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento da população do Centro-Oeste foi o dobro da média brasileira, mostrando a força da influência do agronegócio na Região.
Em média, a população do País cresceu 0,52% por ano desde 2010, enquanto o número de pessoas que vivem em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e no Distrito Federal tiveram um avanço de 1,23% anual. As atividades agropecuárias contribuem para um “boom” econômico regional, refletindo em baixas taxas de desemprego e atraindo a população.
Mais de 3 mil municípios brasileiros tiveram aumento de habitantes nos últimos 12 anos. Por outro lado, quase 2,4 mil cidades tiveram um número inferior de pessoas em comparação ao Censo anterior. O Centro-Oeste foi a Região com maior percentual de crescimento, com 64% dos 442 municípios apresentando ganho de população.
Veja os dez municípios campeões do agronegócio que tiveram maior ganho populacional.
1. Querência (MT)
A cidade de Querência (MT) dobrou a população entre os dois últimos censos demográficos, saindo de 13 mil habitantes em 2010 para quase 27 mil habitantes em 2022. O valor municipal da produção agropecuária supera os R$ 2 bilhões por ano, com destaque para as grandes lavouras de soja e milho.
2. Lucas do Rio Verde (MT)
A população de Lucas do Rio Verde saiu de 45 mil pessoas para 84 mil pessoas nos últimos 12 anos. Considerada uma das 10 melhores cidades para viver no Brasil, o município é responsável por 1% da produção brasileira de grãos e gera R$ 2,3 bilhões de faturamento somente com o agronegócio.
3. Chapadão do Céu (GO)
O município de Chapadão do Céu faz parte dos 50 maiores produtores do agronegócio brasileiro, especialmente pelas lavouras de milho e de cana-de-açúcar. A cidade cresceu 84% entre os dois Censos, alcançando uma população de 13 mil habitantes.
4. Luís Eduardo Magalhães (BA)
A emancipação de Luís Eduardo Magalhães aconteceu apenas em 2000. De lá para cá, a capital do Matopiba despontou como um dos principais polos do agronegócio brasileiro devido às culturas de soja, milho e algodão, ajudando a fixar cerca de 108 mil pessoas no município, sendo 47 mil delas a partir de 2010.
5. Nova Mutum (MT)
Nova Mutum é considerado o décimo município mais rico do agronegócio do Brasil, em levantamento realizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O município de 55 mil pessoas gera mais de R$ 3,2 bilhões em valor de produção agrícola. Desde o último Censo demográfico, a população aumentou em 24 mil habitantes.
6. Sinop (MT)
Localizado na fronteira agrícola da Amazônia mato-grossense, Sinop viu sua população sair de 113 mil pessoas para mais de 196 mil habitantes entre 2010 e 2022 — uma alta de 73%. Na produção agropecuária do município, destaca-se o cultivo de soja, com cerca de 80 milhões de toneladas exportadas por ano.
7. Campos de Júlio (MT)
Os cultivos de cana-de-açúcar, algodão e milho são as principais culturas agrícolas de Campos de Júlio, um município de 9 mil habitantes que viu a população crescer mais de 70% desde o último levantamento demográfico. O número de pessoas é muito inferior ao rebanho de gado, que chega perto das 100 mil cabeças.
8. Sorriso (MT)
Sorriso é considerada a capital nacional do agronegócio do Brasil, gerando mais de R$ 5 bilhões com o setor. O município é o maior produtor de soja do País, respondendo por cerca de 3% da produção do grão. A cidade cresceu de 66 mil habitantes para 110 mil habitantes em 12 anos, um aumento populacional de 67%.
9. Campo Novo do Parecis (MT)
A população de Campo Novo dos Parecis cresceu 66%, alcançando mais de 45 mil habitantes. O município fatura R$ 3,7 bilhões com a agropecuária, sendo o quarto mais rico do agronegócio. A economia da cidade é impulsionada por 400 mil hectares de diversos cultivos e por rebanho de bois, ovelhas e suínos.
10. Chapadão do Sul (MS)
Chapadão do Sul saiu de 18 mil habitantes em 2010 para quase 31 mil habitantes em 2022, uma alta de 65% no período. O município se destaca pelo uso da tecnologia nas lavouras e já foi referência em produtividade de soja. Além do rebanho de 101 mil cabeças de gado, a produção de algodão e milho também têm importância na agropecuária local.
Fonte: Summitagro